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O pergaminho placebo
14.09.2014

2014 Michael Kessus Gedalyovich

The Placebo Scroll [O pergaminho placebo] segue uma viagem das Colinas do Paraíso, em Israel, à Amazônia brasileira, passando pelas planícies marroquinas. Gedalyovich iniciou essa viagem a fim de encontrar curandeiros, xamãs, rabinos, sacerdotes e fabricantes de amuletos que poderiam ter conhecimento ignorado ou não reconhecido fora de suas comunidades. Ao longo da viagem, ele trocou experiências com essas pessoas e registrou o processo em um pergaminho ilustrado, que serve como diário de viagem ou de navegação de um modo parecido ao de tradições encontradas em regiões tão díspares quanto a China ou o Oriente Médio, na Torá ou nos Manuscritos do Mar Morto. A viagem de Gedalyovich começou em 15 de março de 2014, no Purim, uma festa judaica que se origina no equinócio e da qual deriva o Primeiro de Abril.

O objetivo da viagem é procurar curas para doenças que ainda não foram identificadas, encontrando caminhos para recapturar o poder misterioso e mágico da arte – uma faculdade posta de lado durante os tempos modernos, substituída sobretudo por conflitos em torno de estética, política e dinheiro.

Além do pergaminho, a 31ª Bienal inclui uma coleção de pílulas- -talismã, pintadas pelo artista e expostas em um pequeno gabinete. Esses medicamentos, acompanhados por uma descrição de seu poder e efeitos curativos, podem ser vistos como amuletos contemporâneos relacionados a antigas tradições judaicas, como a mezuzá. Por causa da proibição de ídolos, os amuletos judaicos enfatizam texto e nomes; forma, material ou cor não fazem nenhuma diferença. – GE

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