Desenvolvida em conjunto com a equipe de design da Fundação Bienal, a identidade visual da 31ª Bienal se baseia em um desenho comissionado e uma estrutura tipográfica.
O processo do desenvolvimento dessa identidade se intensificou por meio da troca e da análise de imagens. Pouco a pouco, uma família de imagens se consolidou: espirais e nós tornaram-se recorrentes, bem como outras formas intricadas, incluindo figuras orgânicas advindas de sociedades pré-modernas. Para desenvolver algo sob medida que sintetizasse e correspondesse a essas ideias, o artista Prabhakar Pachpute foi convidado para criar uma imagem única. O desenho final que respondeu às ideias propostas tem uma estrutura no formato de uma torre de Babel carregada por um estranho conglomerado de corpos humanos. O aspecto fantástico dessa figura, que lembra um organismo composto por muitas pernas, remete também a um coletivo inventado e à transformação mental e física, crucial para a abordagem curatorial dessa Bienal. O movimento deste organismo destaca a necessidade de nos unirmos para andar em uma mesma, ainda que incerta, direção.
No cartaz, o desenho é enquadrado por uma fonte cuja caligrafia remete à produção feita à mão, evocando certa intimidade nas relações entre a arte, a mediação e os públicos alvos da 31ª Bienal. O cartaz adota a família tipográfica baseada no trabalho do calígrafo inglês Julian Waters e o restante das aplicações utilizam a letra Arrus, criada por Richard Lipton. A composição geral segue os limites da tela como guias, e seu aspecto desalinhado afirma o papel central da tipografia na identificação visual. Nessa composição, a cor aparece pontualmente, destacando algumas palavras de acordo com as necessidades de comunicação.