25 de novembro, terça feira • 16h - 18h30
Maru Whately (Aliança pela Água), Cesar Pegoraro (SOS Mata Atlântica), Caio Ferraz da Silva (cineasta do filme Entre Rios), Delcio Rodrigues (Instituto Ekos Brasil), Movimento Parque Augusta, Rede Novos Parques SP
Conversa pública: Parque Augusta, Rede Novos Parques SP e a crise hídrica
O Movimento Parque Augusta pretende alertar sobre a última área verde remanescente de mata atlântica no centro da cidade de São Paulo, conhecida por Parque Augusta e sobre o atual descaso com as poucas áreas verdes remanescentes na metrópole de São Paulo. Um ano após a lei de criação do Parque pelo prefeito Haddad junto com o fechamento do Parque para a população, o Parque Augusta ainda sofre a pressão da construção de um empreendimento no local pelas incorporadoras Setin e Cyrela e não encontra diálogo com a Prefeitura para discutir formas possíveis de desapropriação da área.
Depois de um ano intenso de mobilização em prol da manutenção integral desta área verde, o movimento começou a se articular com outros movimentos de áreas verdes ameaçadas na metrópole, formando a Rede Novos Parques SP, com o objetivo de fortalecer esse alerta.
Hoje a Rede Novos Parques SP é formada pelos seguintes parques: Parque dos Búfalos, Parque Águas Espraiadas, Parque da Brasilândia, Parque Burle Marx, Parque Chácara do Jockey, Parque M’boi Imirim, Parque Manancial, Parque Paiol, Parque da Mooca, Parque Chácara da Fonte no Morro do Querosene, Praça da Nascente, Praça da Paixão, Parque do Panamby, Parque do Peruche, Parque Pinheiros, Parque Primaveira, Parque São Miguel Paulista, Parque da Vila Emma e o Parque da Paixão no Teatro Oficina - todas elas, áreas verdes e permeáveis usadas pela população, ameaçadas pela construção de empreendimentos privados e desamparadas por todas as esferas do governo.
Com a atual crise hídrica na metrópole e no Estado de São Paulo, a pauta das áreas verdes se fortalece e se apresenta mais urgente e forte do que nunca. Para além da crise da infra-estrutura estatal, o Parque Augusta pretende mostrar que a crise hídrica em São Paulo é também consequência do descaso municipal, estadual e federal com o meio ambiente e com as cidades.
No nível municipal pelo crescente aumento das ilhas de calor na região metropolitana, da poluição e canalização de nossos rios e nascentes, da ocupação desregrada e destruição de áreas de manancial e da diminuição das áreas verdes e permeáveis. No nível estadual pelo desmatamento acelerado da Mata Atlântica e pela crise de abastecimento da água. No nível federal pela ausência de ações efetivas de preservação ambiental no qual o desmatamento acelerado da Amazonia e as mudanças climáticas globais decorrentes destes desmatamentos, é a máxima expressão desse descaso.